Como
é possível que as portas automáticas abram sem que ninguém aperte algum botão
ou acione algum mecanismo? Como as luzes acendem e apagam automaticamente,
dependendo da intensidade da luz que o dia possui? E como os alarmes são
acionados ou desligados quando alguém passa por seus sensores?
As aplicações que são ilustradas nas questões
acima são possíveis graças a um efeito físico conhecido como efeito
fotoelétrico. A sua descoberta se deu totalmente por acaso, quando o físico
alemão Heinrich Rudolf Hertz estudava a natureza eletromagnética da luz e percebeu
que a luz proveniente de um centelhador de partículas interferia diretamente na
medição dos resultados. Apesar de estudar a fundo este efeito, a explicação
para este fenômeno só foi dada por Einstein, o que rendeu a ele o Prêmio Nobel
de Física.
O chamado efeito fotoelétrico é a emissão de
elétrons por um material, geralmente metálico, quando exposto a uma radiação
eletromagnética (como a luz). Ele pode ser observado quando a luz incide numa
placa de metal, literalmente arrancando elétrons da placa. Graças ao efeito
fotoelétrico, é possível que as portas automáticas se abram sozinhas, ou que possamos
assistir a um filme no cinema ou ainda que aquelas torneiras com sensores
funcionem quando você aproxima as mãos. A aplicação deste efeito ocorre através
das células fotoelétricas, as quais podem ser de diversos tipos, dentre eles,
as células fotoemissivas e as células fotocondutivas.
As células fotoelétricas são dispositivos que
são capazes de transformar a energia luminosa proveniente de uma fonte de luz
em energia elétrica. Uma célula fotoelétrica pode funcionar como geradora de energia
elétrica a partir da luz, ou como um sensor capaz de medir a intensidade luminosa.
E
no caso das portas automáticas, a combinação de uma célula fotocondutiva com um
relé permite que essas portas se abram e se fechem apenas com a aproximação de
uma pessoa no sensor. Mais, esses aparelhos acionam um dispositivo que funciona
como uma maçaneta, abrindo e fechando as portas quando alguém se aproxima do
sensor fotoelétrico estrategicamente colocado para que todas as pessoas que
passem por ele acione as portas a tempo de abri-las até a sua passagem. Este
tipo de célula também é utilizado nos chamados sensores de presença, que acedem
ou desligam as luzes de um cômodo dependendo da presença ou não de alguma
pessoa.
No caso das lâmpadas dos postes de iluminação
pública que acendem e se desligam, os sensores utilizados são sensores
fotoemissivos que permitem a passagem da corrente elétrica que acende a lâmpada
assim que a intensidade da luz captada pela célula diminui ou que fecha o
circuito elétrico quando a intensidade é suficiente para iluminar o ambiente.
São diversos tipos de células fotoelétricas
existentes no mercado, dentre as quais se destacam os tipos mais utilizados:
Silício Cristalino, Silício Amorfo, CIGS, Arseneto de Gálio e Telureto de
Cádmio. Essas células são aplicadas tanto em painéis solares como também em
monitores de LCD e de plasma.
Publicado por : Erick Lodi
Fascinante esse assunto, jamais imaginaria que haveria uma explicação fisica, para as portas altomaticas e para as luzes que se acendem e se apagam sozinhas... Fisica e seus genios.
ResponderExcluirP. Laiane da S. Iboshi
Poxa me ajudou bastante! Bem explicado
ResponderExcluirBom conteúdo. Porém senti a falta de uma explicação clara entre efeito fotoelétrico e efeito fotovoltaico !
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